É com muita tristeza que estou a escrever este post. O meu pai faleceu hoje com 81 anos, tinha muitas complicações de saúde. Ontem estive com ele, fui vê-lo ao Lar onde se encontrava. Estive a dar-lhe (tentar) o lanche, chá, pão com queijo e manteiga, ele pouco comeu, aliás há semanas que praticamente não comia nada. Esteve internado três dias na semana passada, esteve a soro precisamente por estar desidratado e fraco. Achei que ele estava mal, nunca pensei que isto fosse acontecer tão rápido! Falei com a pessoa responsável pelo Lar e disse-lhe se ele piora-se que chamasse a ambulância para o levar ao hospital, disse-me para estar tranquila e tivesse calma que assim fariam se fosse necessário, o que aconteceu hoje, mas já nada havia a fazer. Custa muito e mais ainda por ter perdido a minha mãe há pouco mais de quatro meses. São duas perdas muito grandes em tão pouco tempo. É como se nos arrancassem um pedaço de nós. É o tomar consciência quanto as pessoas, a vida, são frágeis, de uma hora para a outra tudo muda, nada é certo, tudo pode acontecer quando menos se espera. Lamento tanto, tanto, tudo isto. Mas é a vida, há que enfrentar e seguir em frente por mais que custe. Apenas desejo que os meus queridos pais onde quer que estejam encontrem a paz, o sossego e a tranquilidade que não tiveram cá na terra, pois a vida não lhes foi de todo favorável. Eram pessoas muito sofridas, muito gastas pela vida que tiveram, mas em nada eu podia ajudar, acabei por sofrer também com isso, eu e os meus irmãos. Reflectiu-se em nós desde crianças toda essa vivência triste.

Descansa em paz, Pai!

Tua filha,

Mar